Por Fernando Abe*
Ultimamente, um novo termo tecnológico tem aparecido com mais frequência por toda a parte: Internet das Coisas, ou o original em inglês Internet of Things (IoT). Mas, o que significa Internet das coisas?
É exatamente o que parece. É a ideia de conectar todos os objetos, ou todas as “coisas” à Internet. A intenção é sempre facilitar o dia-a-dia das pessoas, automatizando tarefas e enviando avisos sobre eventos aos seus donos ou a computadores “na nuvem”.
Exemplos não faltam: Em uma casa, câmeras de segurança podem enviar avisos ao celular ou ao email quando detectam movimento dentro de casa; a coleira do cachorro pode servir de localizador, e enviar um alerta caso ele escape; se alguém chega e você não está em casa, o interfone faz uma ligação para o seu celular, e você pode abrir a porta, que tem a fechadura conectada, para que o visitante ou prestador de serviço possa entrar.
A saúde também pode melhorar: o relógio pode monitorar sinais vitais como pressão, frequência cardíaca temperatura, manter o histórico destes dados na internet e avisar algum parente em caso de emergências médicas. Idosos podem ter uma vida mais independente, morando sozinhos se assim preferirem, e mesmo à distância os objetos conectados permitem à família monitorar se seus parentes estão se movimentando pela casa, tomando remédios na hora certa (já existem frascos de remédio conectados à internet!) e eles podem pedir ajuda em caso de tombos ou problemas de saúde ao toque de um botão ou até por comando de voz.
A lista do que já é possível fazer atualmente é enorme, e cresce em ritmo cada vez maior. E isso então passa a ser a nova preocupação. De tantos objetos conectados para supostamente facilitar a vida, tudo acaba ficando mais complicado, com uma quantidade absurda de informações. Todos os dias surgem novos objetos conectados à Internet. Alguns têm a vida curta, outros acabam “pegando” e ficam. O que define a longevidade de um novo produto conectado são duas coisas: a facilidade de uso e a real utilidade dele. Alguns dos produtos resolvem supostos problemas que nunca foram problemas reais, outros são tão complexos de serem usados que são logo abandonados.
O futuro é incerto, mas é certo que ele será cada vez mais conectado, com carros autônomos, assistentes virtuais, óculos de realidade aumentada e uma infinidade de dados sobre tudo e todos na Internet. Tudo o que atualmente parece inacessível ou mero luxo passará a ser corriqueiro, e talvez o novo luxo passará a ser algo que já foi corriqueiro: a possibilidade de apenas se desconectar.
* Fernando Abe é diretor técnico e fundador da Avaut, empresa especializada em automação residencial e corporativa
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